sábado, 1 de outubro de 2011

Fichamento do Livro Pedagogia da Autonomia

Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia fala sobre a autonomia do professor, autonomia que o professor deve desfrutar em sua prática docente.
Enfatiza a necessidade do respeito que o professor deve ter pelo seu aluno, pelo conhecimento que ele já traz com ele, conhecimento esse que o professor deve aproveitar em suas aulas. Freire também deixa claro que o ensino não depende só do professor, assim como a aprendizagem não depende só do aluno.
O professor está em constante aprendizado, junto com seus alunos, não sendo o professor melhor ou superior, ao aluno porque domina certo conteúdo que o aluno ainda não tem total conhecimento.
“Afirma que não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino” (p. 32).
Para Freire o professor deve questionar, saber pensar sobre a realidade que o cerca, para assim desenvolver esse espírito em seus alunos, para que eles sejam capazes de agir e intervir no mundo.
A autonomia, a identidade do aluno desse ser respeitada, sua capacidade de pensar, criar, aventurar-se pelos conteúdos.
É importante que professor e aluno tenham curiosidade. As aulas devem ser abertas para debates, conversas para o aluno se expressar. É importante que o professor goste do seu trabalho e de seus alunos, de querer o bem para eles e querer contribuir, incentivar seu aprendizado.
“Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível.” P. 85).
O professor deve estar ciente de que mudanças são possíveis, no caso das favelas e deve estar aberto a essas mudanças.
O professor tem que estudar e preparar suas aulas, para que ele possa atingir suas metas, ele deve estar seguro do que vai estar ensinando, seguro de seus conhecimentos para que assim possa ter autoridade no que vai ensinar. Ouvindo os alunos, suas dúvidas e questionamentos é que o vai aprender a falar com eles. O professor deve provocar a curiosidade de seus alunos, para que eles sempre tenham o desejo de aprender mais e tenham prazer.
Para Freire educar é construir, é libertar o ser humano, criando possibilidades para que eles se tornem agentes capazes de observar, comparar, avaliar, escolher, romper, intervir e decidir, capazes de lutar ao invés de cruzar os braços frene à sua realidade social.
Nesta obra Paulo Freire leva professores a refletir sobre sua prática educativa, mostrando que sempre é o momento.
CITAÇÕES

“A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo.” (p. 24).

“O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão.” (p. 28).

“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino contínuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo.” (p. 32).

“Pensar certo, em termos críticos, é uma exigência que os momentos do ciclo gnosiológico vão pondo á curiosidade quem tornando-se mais e mais metodicamente rigorosa, transita da ingenuidade para o que venho chamando ‘curiosidade epistemológica’. O saber de pura experiência feito. Pensar certo, do ponto de vista do professor, tanto implica o respeito ao senso comum no processo de sua necessária superação quanto o respeito e o estímulo à capacidade criadora do educando.”. (p. 32).

“Por que não aproveitar a experiência que têm os alunos de viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder público para discutir, por exemplo, a poluição dos riachos e dos córregos e os baixos níveis de bem-estar das populações, os lixões e os riscos que oferecem á saúde das gentes.” (p. 33).

“A curiosidade como inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento, como sinal de atenção que sugere alerta faz parte integrante do fenômeno vital.” (p. 35).

“Pensar certo é fazer certo.” (p. 38).

“É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.” (p. 44, 44).

“Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar.” (p. 46).

“Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mais criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” (p. 52).

“Só os seres que se tornaram éticos podem romper com a ética.” (p. 57).

“Afinal, minha presença no mundo não é a de quem a ele se adapta mas a de quem nele se insere. É a posição de quem luta para nãos er apenas objeto, mas sujeito também da História.” (p. 60).

“Mulheres e homens se tornaram educáveis na medida em que se reconheceram inacabados. Não foi a educação que fez mulheres e homens educáveis, mas a consciência de sua inconclusão é que gerou sua educabilidade.” (p. 64).

“O exercício do bom senso, com  o qual só temos o que ganhar, se faz no ‘corpo’ da curiosidade.” (p. 69).

“As qualidades ou virtudes são construídas por nós no esforço que nos impomos para diminuir a distância entre os que dizemos e o que fazemos.” (p. 72).

“É preciso ficar claro que a desesperança não é maneira de estar sendo natural do ser humano, mas distorção da esperança.” (p. 81).

“Não são apenas objeto da História mas seu sujeito igualmente.” (p. 85).

“É preciso, porém, que tenhamos na resistência que nos preserva vivos, na compreensão do futuro como problema e na vocação para o ser mais como expressão da natureza humana em processo de estar sendo, fundamentos para a nossa resignação em face das ofensas que nos destroem o ser.” (p. 87).

“Autoritarismo e licenciosidade são formas indisciplinadas de comportamento que negam o que venho chamando a vocação ontológica do ser humano.” (p. 99).

“O quero dizer é que a incompetência profissional desqualificada e autoridade do professor.” (p. 103).

“Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância e se não supero permanentemente a minha.” (p. 107).

“Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo.” (p. 110).

“Afinal, o espaço pedagógico é um texto para ser constantemente ‘lido’, interpretado, ‘escrito’ e ' ‘reescrito’”. (p. 109).

“Tão importante quanto o ensino dos conteúdos é a minha coerência na classe. A coerência entre o que digo, o que escrevo e o que faço.” (p. 116).

“O que devo pretender não é a neutralidade da educação, mas o respeito, a toda prova, aos educandos, aos educadores e ás educadoras.” (p. 125).

“Se a educação não é a chave das transformações sociais, não é também simplesmente reprodutora da ideologia dominante.” (p. 126).

“A desconsideração total pela formação integral do ser humano e a sua redução a puro treino fortalecem a maneira autoritária de fala de cima para baixo.” (p. 130).

“O discurso da globalização que fala da ética esconde, porém, que a sua é a ética do mercado e não a ética universal do ser humano, pela qual devemos lutar bravamente se optamos, na verdade, por um mundo de gente.” (p. 144).

“É impossível viver a disponibilidade à realidade sem segurança mas é impossível também criar a segurança fora do risco da disponibilidade.” (p. 152).



Palavras-chave: Conhecimento, formar, ensinar, curiosidade, respeito, criticidade, curiosidade, ética, crítica, autonomia, ensino.

Palavras-chave: construção, conscientização, respeito, bom senso, autoridade, luta, aprender, mudar, esperança, determinação, intervenção, compreensão, saber.

Palavras-chave: transformação, escutar, decisões, ideológica, globalização, diálogo, disponibilidade, comprometimento, generosidade.



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