domingo, 4 de dezembro de 2011

A Importância de uma Leitura Polissêmica



Kamila Pereira de Oliveira
Graduando em Pedagogia


Karina Detgne
Professor Orientador


O presente ensaio pretende fazer uma reflexão sobre a importância de uma leitura polissêmica, enquanto possibilitadora de transformação da perspectiva do individuo frente ao mundo de trabalho e de estudos. A busca pela inserção no mundo se faz a partir de diferentes significados. “O individuo sente-se inserido à medida que desvenda e vivencia significados atribuídos ao mundo por ele mesmo e pelos outros” (Silva, 1996).
Diz-se que um termo é polissêmico quando é utilizado com vários significados. Ao atribuir sentido a um texto, o individuo transforma em algo novo e diferente, mas ele também é limitado pelos significados trazidos pelo texto e pelas suas condições de uso. O autor atribui significados ao texto gerado a partir da interação com o seu mundo de significados, assim o leitor vai atribuir significado apertir da sua relação com o mundo.
O leitor também deve limitar-se aos significados trazidos pelo texto e pelas suas condições de uso. O texto é construído em interação de significados construídos pelo autor.
Entende-se por polissemia, segundo Bachama 2004, “o fato de haver uma só forma (significante) com mais de um significado unitário pertencente à campos semânticos diferentes”.
A polissemia pode ocorrer em nível de termo. Por exemplo, uma clara demonstração de polissemia utilizando o verbo “pregar”.
Pregar (um sermão)
Pregar (pregar uma bainha de calça)
Pregar (um prego)
A diferenciação a ação dar-se-á com acréscimos de complemento. Da mesma forma o verbo “fazer” é estritamente polissêmico.
Fazendo a comida (cozinhando)
Fazendo a tarefa (estudando)
Fazendo a casa (construindo)
Fazendo bagunça (bagunçando)
Fazendo limpeza (limpando)
Nos exemplos acima, observamos que semelhante ao verbo “pregar”, complemento dado ao verbo “Fazer” esse ganha um sentido diferente. A polissemia tem sido definida como conseqüência da correspondência de varias interpretações, de acordo com os diversos contextos, a uma mesma forma lingüística sem que perca, a noção de que estamos perante a mesma palavra ou parte da palavra que serve de base ao sentido por ela expresso.
Os textos midiáticos atingem um grande número de pessoas, com o objetivo de seduzir o interlocutor o desejo de consumir a despeito de suas necessidades reais a mídia vem utilizando da polissemia em suas propagandas, tornado o texto menos formal e mais atrativo, visando atrair um publico maior de consumidores, uma vez que esses recursos despertam no leitor o desejo de comprar mais produtos.É importante destacar que, não se pode ver a polissemia como “significados independentes”, porque cada significado é exato e determinado.
Apesar de parecido, existe diferença entre polissemia e homonímia. O gramático Rocha Lima (1994, p485-487) faz uma consideração acerca de polissemia e homonímia:
Homônimos a rigor, só deveriam ser considerados como tais aquelas palavras que, tendo origem diversa, apresentassem a mesma forma, em virtude de uma consciência na evolução fonética. (...) costuma-se entender por essa designação toda as palavras que, possuindo forma idêntica, designem coisas distintas.
Polissemia no âmbito puro da denotação, é preciso levar em conta a polissemia vale dizer a multiplicidade de sentidos imanentes em toda (...).
Vê-se que, na diferença feita pelo autor, a polissemia seria uma propriedade em potencial de todas as palavras de uma língua, enquanto a homonímia uma coincidência decorrente da evolução fonética.
Observe como a propriedade polissêmica aplicada a uma situação comunicativa pode causar efeitos inusitados.
“Espalhe seu humor por aí,
divida uma risada com alguém”.
A polissemia, nesse caso, é decorrente da ambigüidade que recai sobre o sintagma verbal “espalhe” que se refere, ao mesmo tempo, a um conceito concreto: trata-se de esperar a fragrância do perfume Humor; e a um conceito abstrato: no sentido de espalhar o sentimento alegre. No caso de “espalhar seu humor” o foco no produto em questão não perdeu uma vez que humor é o nome do perfume.
No texto, associação do nome perfume com o de estado de espírito bem humorado, mais uma vez existe o foco no efeito produzido pelo produto e é nisso que o consumidor esta interessado. A segunda oração presente no texto: “Divida uma risada com alguém” contribui para a ambigüidade da expressão. “Espalhe seu amor por ai” transmite a mensagem que com o perfume Humor, as pessoas serão mais felizes e poderão repartir sua felicidade com os outros.
Segundo Mattoso Câmara Junior (1985: 194) polissemia é definida como “propriedade da significação lingüística (v.) de abarcar toda uma gama de significações, que se definem precisam dentro de um contexto”
“Quem diria que você
ia matar a sua vontade de
se refrescar tomando sol?”
A polissemia agora é fruto da ambigüidade apresentada pela expressão “tomando sol”.
O vocábulo Sol pode tanto remeter ao astro ou à marca da cerveja em questão.
A princípio, o slogam do texto aparece com a função de causar estranhamente no interlocutor com a expressão “Quem diria”, isso seduz o leitor para que ele tenha curiosidade de ler o texto e conseqüentemente concorde com o anunciante sinta sede e, por fim “tome a cerveja sol”.
Benveniste define polissemia como resultado “desta capacidade que a língua possui de subsumir em um termo constante uma grande variedade de tipos e em seguida admitir a variação da referência na estabilidade da significação” (Benveniste, 1989, p.100). Assim, o sentido sempre depende do uso que se faz a cada instância de discurso. Ainda de Benveniste:
O sentido de uma mesma palavra consistirá na sua capacidade de ser integrante de um sintagma particular e de preencher uma função proposicional. O que se chama de polissemia não é senão a soma institucionalizada, se pudermos falar assim, destes valores contextuais, sempre instantâneos, aptos a se enriquecer e a desaparecer, em resumo, sem permanência, sem valor constante (Benveniste, 1989, p.232).
Todos os sentidos que os sujeitos atribuem aos signos – tornando-os palavras são, assim, passíveis de aceitação ou não pela comunidade lingüística. As diferentes noções que vão sendo “acumuladas” por uma mesma unidade de língua são, portanto, polissêmicas.
O presente trabalho buscou verificar que a polissemia é um recurso eficaz para tornar a leitura mais sedutora e instigante. Ao longo do trabalho foi possível compreender como age a multiplicidade de sentidos diante do leitor. A polissemia além de constituir um recurso lingüístico inegavelmente eficaz para a construção de enunciados intencionalmente que se preste a diferentes interpretações, é um fator que incomparável de economia lingüística.
Esse estudo faz-se necessário, portanto, no sentido de perceber o leitor como co-produtor do discurso, aquele que, lançando Mao de conhecimentos lingüísticos e extralingüísticos, deverá interpretar os vários significados que uma palavra pode assumir num determinado contexto, prestando atenção para jogos ideológicos do produtor do discurso e convertendo os sentidos a seu favor.




Referencia Bibliográficas

Acesso: 03/10/2011
Acesso: 09/10/2011
Acesso: 09/10/2011
 Acesso 20/11/2011
Acesso: 28/09/2011






domingo, 20 de novembro de 2011

História da Educação de 1900-1919

Nos primeiros anos do Século XX, os Estados que tinham o maio peso político eram São Paulo e Minas Gerais. Isso porque eles possuíam as maiores plantações de café do País. Em alusão ao café paulista e ao leite produzido em Minas, destacou-se política do café-com-leite, a alternância desses dois Estados na Presidência da República nesse período.
Alguns presidentes durante a República do Café-com-leite foram:
·           Campos Sales – paulista - (1894-1902).
·           Rodrigues Alves – paulista – (1902-1906).
·           Afonso Pena – mineiro – (1906-1909).
·           Nilo Peçanha – fluminense – ( 1909-1910).
·           Hermes da Fonseca – gaúcho – (1914-1914).
·           Venceslau Brás – mineiro – (1914-1918).
·           Delfim Moreira – mineiro – (1918-1918).
O Instituto Soroterápico Federal, foi criado com o objetivo de produzir o soro para o combate à peste bubônica que ameaçava a Capital Federal.
Com o passar do tempo, o Instituto afirmou-se no campo da medicina experimental dedicando-se á pesquisa, além da produção de soros e vacinas em grande escala e do ensino. Suas atividades pedagógicas visavam a formação dos quadros necessários à própria instituição e a difusão das ciências biomédicas  no país.
O Instituto mais tarde passa a se denominar Instituto de Patologia Experimental.
A ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz), durante grande parte de sua história inicial, o foco principal de atuação era a agricultura e a pecuária, desenvolvidas dentro de seu tradicional Curso de Graduação em Engenharia Agronomia e nas atividades de pesquisa em áreas correlatas a agronomia. Ao longo das últimas décadas, o campo de atuação da ESALQ foi significativamente ampliado, através da criação de novos cursos de graduação e pós-graduação, propiciando também o fortalecimento das atividades de pesquisa e extensão universitária dentro da sua área de atuação.
A Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) é uma instituição brasileira de ensino superior, sem fins lucrativos, cujo campo de estudo é gestão de negócios. Fundada em 02 de junho de 1902, a FECAP detém a mais antiga certificação de Universidade Pública do Brasil, desde 1915. A Instituição foi a primeira a abrir Cursos de Economia e Contabilidade no país.
O Campeonato Paulista de Futebol é a competição estadual desse esporte em São Paulo. É realizado ininterruptamente desde 1902.
Revolta da Vacina – milhares de habitantes tomaram as ruas da cidade em violentos conflitos com a política, o motivo era uma polêmica medida adotada pelo governo de então: a vacinação obrigatória. Com uma população de mais de 800 mil habitantes, a cidade era constantemente vítima por surtos de febre amarela, varíola, peste bubônica, malária, tifo e tuberculose. Na tentativa de por fim ao quadro epidemiológico, o presidente Rodrigues Alves convocou o médico sanitarista Oswaldo Cruz, de imediato elaborou um plano de saneamento e higienização da cidade.
A Avenida Rio Branco, antiga Avenida Central, é o principal logradouro que cruza o centro da cidade do Rio de Janeiro.
Maria Montessori abre no bairro de São Lourenço na Itália a sua primeira casa de Bambini que é uma escola que oferece qualidade de educação em um ambiente bonito e enriquecedor para idades de 2 a jardim de infância com o objetivo de desenvolver cada criança a seu mais alto potencial, em seu próprio ritmo individual.
O Palácio Guanabara começou a ser construído em 1853. Em 1865 o Governo Imperial adquiriu o palacete, de estilo Neoclássico, para ser residência da Princesa Isabel e do Conde D’eu, recém-casados.
A assinatura do Convênio Taubaté em 1909, ficava estipulado que caso houvesse quebra nos preços do café, o governo arcaria com os prejuízos. Os resultados dessa política foi o crescente endividamento do Estado e a formação de enormes estoques do produto.
O Teatro Municipal do Rio de Janeiro construído em princípios do Século XX, é um dos mais belo e importante teatro do Brasil.
A Revolta da Chibata, foi um levante de cunho social, realizado em subdivisões da marinha. O objetivo era por fim as punições físicas a que eram destinadas os marinheiros, como chicotadas e o uso de Santa Luzia e o aprisionamento em celas destinadas ao isolamento. Os marinheiros requeriam também uma alimentação mais saudável e que fosse colocada em prática a lei de reajuste de seus honorários.
A Biblioteca Nacional, é a depositária do patrimônio bibliográfico e documental do Brasil, considerada pela UNESCO como a sétima biblioteca nacional do mundo e, também, é a maior biblioteca da América Latina.
Surge a Lei Orgânica Rivadária Correia, estabelecendo o ensino livre e retirando do Estado o poder de interferência no setor educacional. Proporcionava total liberdade aos estabelecimentos escolares, tornando a presença facultativa e desoficializando o ensino. Prega ainda abolição do diploma em troca de um certificado de assistência e aproveitamento e transfere os exames de admissão ao Ensino Superior para faculdades. Os resultados dessa reforma foram desastrosos par a educação brasileira.
A Guerra de Contestado, ocorreu em 1912 em uma região reivindicada pro Santa Catarina e pelo Paraná. Os camponeses revoltaram-se, pois foram expulsos das terras onde viviam como posseiros, consequência da construção da Estrada de Ferro Brasilian Railway e da implantação de serrarias da Southem Lumber (ambas norte-americanas). Praticavam a agricultura de subsistência e, diante dessa situação não tinham meios de sobreviver.
O Bondinho do Pão de Açúcar inaugurado em 1912, sendo uma das atrações turísticas da Cidade do Rio de Janeiro, mantém a média atual de 2500 visitas por dia.
Em 1914 as rivalidades entre as potências europeias haviam levado à formação de dois blocos antagônicos: a Tríplice Aliança (Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro) e Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia). Os países procuravam garantir a paz, por meio de seu fortalecimento militar, segundo um princípio então muito difundido: “Se queres a paz, prepara-te para a guerra”. Como vários problemas já atingiam essas nações; como a insatisfação da Itália e Alemanha que ficaram com territórios pequenos e desvalorizados na partilha da África e da Ásia, a concorrência econômica entre as principais potências europeias e o nacionalismo (pangermânico e pan-eslavismo) e rivalidades essas foram as causas da Primeira Guerra Mundial.
Em 1915 concluiu-se que a Lei Rivadária Correia, não poderia continuar. A Lei do Ministro Carlos Maximiliano reoficializa o ensino no Brasil mantendo o fim dos privilégios dos diplomas do Colégio Pedro II e a Instituição de Exames de Admissão, agora chamados exames vestibulares. Os candidatos ao ensino superior precisavam apresentar certificado de aprovação no ginasial. Os vestibulares deveriam ser rigorosos e haveria um limite para equiparação por estado.
A Revolução Russa de 1917 foi uma série de revoltas políticas na Rússia, que após a eliminação da autocracia russa, teve uma série de guerras e conflitos antes mesmo de começar a revolução. O Governo Provisório propôs uma alienação entre os Partidos Menchivique e Bolchevique e (Tatak), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido Bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, o primeiro país do mundo, que durou até 1991.
Fundado em 1917, propriedade de Francisco e Adelina Perlingeiro, o Colégio Ítalo Brasileiro, hoje Colégio de Pádua com apenas 6 alunos, Amicar rodrigues Perlingeiro, Hermete Rodrigues da Silva, José Navega Cretton, Nicollau Bucker Lovise, Romeu Rodrigues Silva e Túlio rodrigues Perlingeiro.



BIBLIOGRAFIA


Acesso em 08/10/2011.


Acesso em 08/10/2011

Acesso em 08/10/2011

Acesso em 12/10/2011

http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br
Acesso em 12/10/2011

Acesso em 12/10/2011

SCHENEEBERGER, Alberto Carlos. Coleção Mega Pesquisa. São Paulo: Rideel, 2003.

sábado, 1 de outubro de 2011

Fichamento do Livro Pedagogia da Autonomia

Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia fala sobre a autonomia do professor, autonomia que o professor deve desfrutar em sua prática docente.
Enfatiza a necessidade do respeito que o professor deve ter pelo seu aluno, pelo conhecimento que ele já traz com ele, conhecimento esse que o professor deve aproveitar em suas aulas. Freire também deixa claro que o ensino não depende só do professor, assim como a aprendizagem não depende só do aluno.
O professor está em constante aprendizado, junto com seus alunos, não sendo o professor melhor ou superior, ao aluno porque domina certo conteúdo que o aluno ainda não tem total conhecimento.
“Afirma que não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino” (p. 32).
Para Freire o professor deve questionar, saber pensar sobre a realidade que o cerca, para assim desenvolver esse espírito em seus alunos, para que eles sejam capazes de agir e intervir no mundo.
A autonomia, a identidade do aluno desse ser respeitada, sua capacidade de pensar, criar, aventurar-se pelos conteúdos.
É importante que professor e aluno tenham curiosidade. As aulas devem ser abertas para debates, conversas para o aluno se expressar. É importante que o professor goste do seu trabalho e de seus alunos, de querer o bem para eles e querer contribuir, incentivar seu aprendizado.
“Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível.” P. 85).
O professor deve estar ciente de que mudanças são possíveis, no caso das favelas e deve estar aberto a essas mudanças.
O professor tem que estudar e preparar suas aulas, para que ele possa atingir suas metas, ele deve estar seguro do que vai estar ensinando, seguro de seus conhecimentos para que assim possa ter autoridade no que vai ensinar. Ouvindo os alunos, suas dúvidas e questionamentos é que o vai aprender a falar com eles. O professor deve provocar a curiosidade de seus alunos, para que eles sempre tenham o desejo de aprender mais e tenham prazer.
Para Freire educar é construir, é libertar o ser humano, criando possibilidades para que eles se tornem agentes capazes de observar, comparar, avaliar, escolher, romper, intervir e decidir, capazes de lutar ao invés de cruzar os braços frene à sua realidade social.
Nesta obra Paulo Freire leva professores a refletir sobre sua prática educativa, mostrando que sempre é o momento.
CITAÇÕES

“A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo.” (p. 24).

“O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão.” (p. 28).

“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino contínuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo.” (p. 32).

“Pensar certo, em termos críticos, é uma exigência que os momentos do ciclo gnosiológico vão pondo á curiosidade quem tornando-se mais e mais metodicamente rigorosa, transita da ingenuidade para o que venho chamando ‘curiosidade epistemológica’. O saber de pura experiência feito. Pensar certo, do ponto de vista do professor, tanto implica o respeito ao senso comum no processo de sua necessária superação quanto o respeito e o estímulo à capacidade criadora do educando.”. (p. 32).

“Por que não aproveitar a experiência que têm os alunos de viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder público para discutir, por exemplo, a poluição dos riachos e dos córregos e os baixos níveis de bem-estar das populações, os lixões e os riscos que oferecem á saúde das gentes.” (p. 33).

“A curiosidade como inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento, como sinal de atenção que sugere alerta faz parte integrante do fenômeno vital.” (p. 35).

“Pensar certo é fazer certo.” (p. 38).

“É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.” (p. 44, 44).

“Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar.” (p. 46).

“Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mais criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” (p. 52).

“Só os seres que se tornaram éticos podem romper com a ética.” (p. 57).

“Afinal, minha presença no mundo não é a de quem a ele se adapta mas a de quem nele se insere. É a posição de quem luta para nãos er apenas objeto, mas sujeito também da História.” (p. 60).

“Mulheres e homens se tornaram educáveis na medida em que se reconheceram inacabados. Não foi a educação que fez mulheres e homens educáveis, mas a consciência de sua inconclusão é que gerou sua educabilidade.” (p. 64).

“O exercício do bom senso, com  o qual só temos o que ganhar, se faz no ‘corpo’ da curiosidade.” (p. 69).

“As qualidades ou virtudes são construídas por nós no esforço que nos impomos para diminuir a distância entre os que dizemos e o que fazemos.” (p. 72).

“É preciso ficar claro que a desesperança não é maneira de estar sendo natural do ser humano, mas distorção da esperança.” (p. 81).

“Não são apenas objeto da História mas seu sujeito igualmente.” (p. 85).

“É preciso, porém, que tenhamos na resistência que nos preserva vivos, na compreensão do futuro como problema e na vocação para o ser mais como expressão da natureza humana em processo de estar sendo, fundamentos para a nossa resignação em face das ofensas que nos destroem o ser.” (p. 87).

“Autoritarismo e licenciosidade são formas indisciplinadas de comportamento que negam o que venho chamando a vocação ontológica do ser humano.” (p. 99).

“O quero dizer é que a incompetência profissional desqualificada e autoridade do professor.” (p. 103).

“Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância e se não supero permanentemente a minha.” (p. 107).

“Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo.” (p. 110).

“Afinal, o espaço pedagógico é um texto para ser constantemente ‘lido’, interpretado, ‘escrito’ e ' ‘reescrito’”. (p. 109).

“Tão importante quanto o ensino dos conteúdos é a minha coerência na classe. A coerência entre o que digo, o que escrevo e o que faço.” (p. 116).

“O que devo pretender não é a neutralidade da educação, mas o respeito, a toda prova, aos educandos, aos educadores e ás educadoras.” (p. 125).

“Se a educação não é a chave das transformações sociais, não é também simplesmente reprodutora da ideologia dominante.” (p. 126).

“A desconsideração total pela formação integral do ser humano e a sua redução a puro treino fortalecem a maneira autoritária de fala de cima para baixo.” (p. 130).

“O discurso da globalização que fala da ética esconde, porém, que a sua é a ética do mercado e não a ética universal do ser humano, pela qual devemos lutar bravamente se optamos, na verdade, por um mundo de gente.” (p. 144).

“É impossível viver a disponibilidade à realidade sem segurança mas é impossível também criar a segurança fora do risco da disponibilidade.” (p. 152).



Palavras-chave: Conhecimento, formar, ensinar, curiosidade, respeito, criticidade, curiosidade, ética, crítica, autonomia, ensino.

Palavras-chave: construção, conscientização, respeito, bom senso, autoridade, luta, aprender, mudar, esperança, determinação, intervenção, compreensão, saber.

Palavras-chave: transformação, escutar, decisões, ideológica, globalização, diálogo, disponibilidade, comprometimento, generosidade.